Argumentos contra ideias zombies
O último livro de Paul Krugman tem como título Arguing With Zombie Ideas. Publicado no início do ano, foi escrito antes da crise provocada pelo SARS CoV-2.
No entanto, as últimas entrevistas e artigos do economista norte-americano apontam no sentido de que a negação do problema da atual pandemia é mais uma «ideia zombie», uma ideia que devia estar morta mas insiste em andar por aí a fazer estragos.
Entre as ideias «zombies» atacadas com argumentos no livro estão as de que os impostos sobre os ricos têm efeitos nefastos e as da negação climática.
Sobre a atual crise da covid-19, ainda escreveu relativamente pouco, mas do que escreveu há duas ideias a reter (infelizmente em textos que não se encontram em acesso aberto na internet): a de que a de que a prioridade no combate à crise da covid-19 deve ser evitar que morram pessoas; e a de que, sendo esta crise um misto de recessão e de desastre natural, a intervenção estatal devia focar-se em ajudar as pessoas a manter um nível de consumo adequado (ver aqui). Ao focar as ajudas na preservação de níveis consumo, os Estados também ajudam, indiretamente, as empresas e a conservação de empregos.
Convém acrescentar que haveria toda a vantagem em que o consumo fosse dirigido para produtos ecologicamente sustentáveis. E que os Estados também podiam, numa situação destas, contribuir para reorientar alguns consumos para produtos com menor impacto ambiental.