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Diário do Ano C-19

Diário do Ano C-19

01
Fev21

O que correu mal na gestão da pandemia em janeiro?

João Miguel Almeida

O Observador publica um artigo com o ponto da situação de tudo o que correu mal no combate à pandemia em janeiro deste ano (ver aqui). É um bom artigo e estou à vontade para escrevê-lo porque não sou fã de O Observador. 

A principal conclusão que eu retiro do artigo é que a relação entre cientistas e políticos devia ser diferente em Portugal e seguir os moldes do Reino Unido: o aconselhamento científico ao governo devia ser realizado por um órgão responsável pela síntese do conhecimento científico acerca da evolução da pandemia e elaboração de recomendações ao governo, que seriam divulgadas.

Tal como aconteceu no Reino Unido, é muito provável que em Portugal houvesse critérios políticos na nomeação dos cientistas para esse órgão e que cientistas contestatários da política de saúde seguida formassem um órgão alternativo. Mas isso permitiria aos jornalistas e aos cidadãos preocupados comparar os diferentes relatórios científicos e as recomendações científicas com a ação política. 

O artigo também aponta uma falha na política do governo que considero pertinente: deviam ter sido colocadas restrições às viagens entre Portugal e o Reino Unido antes e durante o período do Natal. O assunto da pandemia é demasiado sério - e diz respeito a todos. Há especialistas e leigos com opiniões. Não se pode fugir a esta dicotomia nem desvalorizar as opiniões dos leigos, pois são a base de uma democracia. Deve-se é organizar a divulgação do conhecimento científico, das recomendações científicas e das ações políticas de modo a permitir que essas opiniões sejam fundamentadas. Caso contrário, andamos todos a mandar umas bocas e a alimentar o caos informativo.

 

2 comentários

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    Manuel da Rocha 01.02.2021

    As aulas à distância não foram proibidas... nem foram instruídas.
    A sua ideia é como aqueles 3 deputados do PSD, que formaram uma empresa e queriam vender "Magalhães", concorrendo a 6 concursos públicos, para a aquisição de 3400 computadores, apresentando um preço base de 2740 euros (iva incluído) para cada computador... que são vendidos a 216 euros. Deram como desculpa a "dificuldade de importação da China para tantas unidades". Os 4 concursos já terminados conseguiram preços de 212 a 260 euros por cada computador e equipamento anexo (mochila, rato e apoio). Tudo em nome do ensino à distância... os colegas de bancada continuam a reclamar do "atraso na entrega dos computadores". Pena é que a nossa MERDA de comunicação social tem medo dos membros dos partidos da direita, 99% dos directores dos media são partidários e picar algum, dá despedimento imediato, sem voltar a ter trabalho, na área, por 60 anos.
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